Conforme explica Teciomar Abila, nos bastidores do alto rendimento, a ciência tem revelado que o verdadeiro poder do atleta não está apenas nos músculos, mas no cérebro. A neurociência aplicada ao esporte está transformando a forma como treinadores e atletas compreendem a performance.
Se você deseja entender como o cérebro atua como o “músculo invisível” que determina foco, tomada de decisão e resiliência, continue a leitura e descubra como a mente se tornou o centro da nova era do esporte.
O cérebro como centro da performance atlética
À luz das descobertas da neurociência moderna, entende-se que cada movimento físico é precedido por uma complexa rede de comandos neurais. O cérebro não apenas controla o corpo, mas também regula emoções, reflexos e estratégias de ação. Como destaca Teciomar Abila, o domínio cognitivo é o que diferencia atletas bons de atletas excepcionais. Essa compreensão levou ao desenvolvimento de métodos de treinamento mental que estimulam áreas específicas do cérebro ligadas à atenção e ao controle motor.

A sinergia entre corpo e mente redefine o conceito de preparo físico. Enquanto o treino muscular constrói força, o treino cerebral aperfeiçoa a precisão e a consistência, atributos que fazem a diferença em competições de alto nível.
O papel da neuroplasticidade no desempenho esportivo
Em consonância com estudos sobre neuroplasticidade, sabe-se que o cérebro é capaz de se remodelar de acordo com a prática e a repetição. Quanto mais um atleta treina um gesto técnico, mais fortes se tornam as conexões neurais associadas a ele. Segundo Teciomar Abila, essa capacidade de adaptação explica por que atletas experientes executam movimentos complexos com naturalidade: seu cérebro aprendeu a economizar energia e a reagir automaticamente diante dos estímulos.
Essa plasticidade não se limita ao físico, ela também abrange o controle emocional. Treinos mentais voltados à visualização e à concentração fortalecem as redes neurais responsáveis pela calma e pelo foco, tornando o atleta mais preparado para lidar com a pressão.
Tomada de decisão e tempo de reação: A mente como ferramenta estratégica
Sob o ponto de vista da neurociência aplicada, o tempo de reação é uma das variáveis mais estudadas no esporte de elite. A diferença entre vitória e derrota pode residir em milissegundos. Como menciona Teciomar Abila, os atletas que treinam o cérebro para reconhecer padrões, antecipar movimentos e processar estímulos visuais rapidamente têm vantagem competitiva significativa.
Softwares de realidade virtual e dispositivos de neurofeedback já permitem simular cenários de jogo e medir o desempenho cerebral em tempo real. Essa fusão entre ciência e tecnologia torna o treinamento mais preciso, permitindo corrigir falhas cognitivas que antes passavam despercebidas.
Controle emocional e desempenho sustentável
Em harmonia com as ciências comportamentais, o controle emocional é um dos pilares da alta performance. O cérebro humano, sob estresse, tende a liberar hormônios que prejudicam a coordenação e a tomada de decisão. Como pontua Teciomar Abila, aprender a regular essas respostas fisiológicas é essencial para que o atleta mantenha consistência e segurança em situações de pressão.
Práticas como meditação, respiração controlada e técnicas de atenção plena ajudam a reduzir a hiperatividade da amígdala cerebral, região ligada ao medo e à ansiedade, e fortalecem o córtex pré-frontal, responsável pela concentração e pelo raciocínio lógico.
O futuro da neurociência no esporte
De acordo com as tendências internacionais, a neurociência aplicada será um dos campos mais determinantes para o desenvolvimento esportivo nas próximas décadas. Em última análise, a busca pela excelência não estará apenas nos limites físicos, mas na capacidade de compreender e expandir o potencial cerebral.
O esporte caminha para uma era em que o treino mental será tão estruturado quanto o físico, e a mensuração da atividade neural se tornará rotina nos centros de alto rendimento. Essa integração entre ciência e prática transformará o modo como treinadores e atletas constroem o desempenho.
Autor : Halikah Mercuto