Os fundos estruturados com ativos de emissão internacional ampliam o leque de possibilidades para investidores que buscam diversificação e exposição a diferentes mercados. Ao permitir a inclusão de títulos emitidos fora do Brasil, esses fundos oferecem acesso a ativos de alta relevância global, ao mesmo tempo em que apresentam desafios regulatórios e operacionais que precisam ser observados com atenção. De acordo com o especialista Rodrigo Balassiano, a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) traz parâmetros específicos para disciplinar esse tipo de investimento, garantindo segurança jurídica e transparência aos cotistas.
A relevância dos fundos estruturados com ativos de emissão internacional
A possibilidade de investir em fundos estruturados com ativos de emissão internacional representa uma alternativa estratégica para quem deseja ampliar a diversificação do portfólio e reduzir a exposição a riscos locais. Esses veículos permitem acessar instrumentos como bonds, ações estrangeiras, certificados e outros ativos que podem oferecer retornos diferenciados. Segundo Rodrigo Balassiano, a regulação busca equilibrar o interesse de proporcionar novas oportunidades de alocação com a necessidade de mitigar riscos decorrentes de jurisdições estrangeiras e da volatilidade cambial.

O que a norma estabelece para os fundos estruturados com ativos de emissão internacional
A CVM, por meio de normativos como a ICVM 175, define as condições em que os fundos estruturados com ativos de emissão internacional podem operar. A norma exige que os regulamentos descrevam de forma detalhada os ativos elegíveis, os limites de exposição e os procedimentos de registro e custódia. Também prevê a necessidade de relatórios transparentes que permitam aos cotistas acompanhar os riscos associados, incluindo variações cambiais e aspectos jurídicos internacionais. De acordo com Rodrigo Balassiano, esse conjunto de exigências assegura que os fundos mantenham clareza na comunicação e reduzam eventuais litígios.
Governança e compliance aplicados a ativos internacionais
A governança é ponto-chave quando se trata de fundos estruturados com ativos de emissão internacional. O gestor deve observar não apenas as regras brasileiras, mas também legislações e práticas de outros países onde os títulos foram emitidos. Isso exige controles internos rigorosos, auditorias independentes e políticas de compliance que assegurem a conformidade das operações. Para Rodrigo Balassiano, a credibilidade do fundo depende diretamente da capacidade de mitigar riscos regulatórios, jurídicos e operacionais que decorrem do ambiente internacional.
Impactos para investidores e estratégias de alocação
Investir em fundos estruturados com ativos de emissão internacional pode ser vantajoso para investidores que buscam diversificação, mas também exige maior compreensão dos riscos envolvidos. Questões como variações cambiais, instabilidade política e diferenças contábeis podem impactar diretamente a rentabilidade líquida. A norma da CVM atua para garantir que os cotistas recebam informações claras sobre esses fatores, permitindo escolhas conscientes. Segundo Rodrigo Balassiano, a transparência é fundamental para preservar a confiança e tornar esse tipo de investimento competitivo frente a alternativas domésticas.
Desafios e perspectivas de crescimento
Embora tragam benefícios, os fundos estruturados com ativos de emissão internacional enfrentam desafios relevantes. A burocracia para registro de ativos, os custos de compliance e as barreiras legais em algumas jurisdições podem limitar sua expansão. No entanto, o avanço da integração financeira global e a crescente busca por diversificação indicam que a tendência é de expansão gradual desse modelo no Brasil. Com a evolução regulatória e tecnológica, espera-se que os processos de custódia e registro se tornem mais eficientes, aumentando a atratividade.
Considerações finais
Os fundos estruturados com ativos de emissão internacional mostram como o mercado de capitais brasileiro tem evoluído para incorporar práticas globais e atender investidores cada vez mais sofisticados. A regulação, especialmente pela ICVM 175, garante que esse tipo de investimento seja conduzido com governança, transparência e segurança jurídica. A consolidação desse modelo representa um avanço importante, permitindo que os fundos nacionais se alinhem às melhores práticas internacionais e reforcem sua posição como veículos estratégicos para diversificação e crescimento sustentável.
Autor: Halika Mercuto