O acretismo placentário é uma condição que gera preocupação no pré-natal, pois envolve o crescimento anormal da placenta no útero. De acordo com a Dra. Thaline Neves, médica especialista em medicina fetal, a identificação precoce desse problema é vital para proteger a saúde da gestante e do bebê. Até porque, trata-se de um tema que merece atenção, já que pode gerar complicações graves durante a gravidez e no momento do parto. Pensando nisso, continue a leitura e entenda o que é o acretismo placentário, suas causas e as opções de tratamento disponíveis.
O que é o acretismo placentário?
O acretismo placentário ocorre quando a placenta se fixa de maneira excessiva na parede uterina, ultrapassando os limites normais de aderência, conforme ressalta a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves. Inclusive, durante o evento de inauguração da clínica, foi realizado uma palestra acerca dessa condição.

Isto posto, em situações comuns, a placenta se destaca espontaneamente após o parto, mas nesse caso o tecido se mantém preso ao útero, dificultando a separação. Essa anomalia pode variar em intensidade, sendo classificada em graus, como placenta acreta, increta e percreta, conforme a profundidade da invasão.
Segundo Thaline Neves, essa condição é considerada uma das complicações obstétricas mais sérias e está associada a risco de hemorragia no pós-parto. Por isso, o acompanhamento pré-natal com exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, é indispensável para detectar sinais precoces da doença e definir a melhor estratégia de cuidado.
As principais causas do acretismo placentário
O desenvolvimento do acretismo placentário está relacionado a fatores que afetam a estrutura do útero e a implantação da placenta. Entre os aspectos mais relevantes, destacam-se:
- Cicatrizes uterinas: geralmente decorrentes de cesarianas anteriores ou outras cirurgias ginecológicas.
- Placenta prévia: quando a placenta se fixa na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo uterino.
- Idade materna avançada: gestações em mulheres com mais de 35 anos apresentam maior probabilidade de ocorrência.
- Histórico obstétrico: casos anteriores de acretismo placentário aumentam as chances de repetição em futuras gestações.
Esses fatores, isolados ou combinados, elevam os riscos da complicação. Como enfatiza a Dra. Thaline Neves, o conhecimento prévio do histórico da paciente é fundamental para que o especialista identifique a necessidade de acompanhamento diferenciado durante o pré-natal.
Como é feito o diagnóstico dessa condição?
O diagnóstico do acretismo placentário geralmente é realizado durante o acompanhamento gestacional, por meio de exames de imagem. A ultrassonografia com Doppler é a primeira ferramenta utilizada para observar alterações no fluxo sanguíneo entre a placenta e o útero. Já em casos mais complexos, a ressonância magnética pode complementar a análise, oferecendo imagens detalhadas.
De acordo com a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves, quanto mais cedo o problema é identificado, maiores são as chances de planejamento adequado para evitar complicações graves. Dessa maneira, esse planejamento envolve a definição do tipo de parto, a preparação de uma equipe multidisciplinar e a disponibilidade de recursos hospitalares para situações de emergência.
Quais são as opções de tratamento para o acretismo placentário?
O tratamento do acretismo placentário depende do grau de invasão da placenta e das condições clínicas da gestante. Em muitos casos, o parto cesáreo programado é a medida indicada, já que permite um melhor controle da situação. Além disso, pode ser necessária a histerectomia, procedimento em que o útero é removido para conter sangramentos graves. Como comenta Thaline Neves, o tratamento deve sempre priorizar a segurança da mãe, sem desconsiderar os cuidados com o bebê.
Por que conhecer o acretismo placentário é importante?
Em resumo, o acretismo placentário é uma condição séria, que exige atenção desde o início da gestação. Assim sendo, conhecer suas causas, riscos e formas de tratamento é fundamental para que a mulher esteja preparada e receba o suporte necessário. Inclusive, a conscientização sobre esse problema contribui para diagnósticos mais rápidos e cuidados mais eficazes. Tendo isso em vista, manter um pré-natal de qualidade, com acompanhamento especializado, é a melhor forma de garantir a segurança da mãe e do bebê diante dessa complicação.
Autor: Halika Mercuto